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Torneio de Jogos Tradicionais
29-06-2008

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Realizou-se no dia 29 de Junho, em
Brunhoso, o Torneio de Jogos Tradicionais que incluiu a Relha, o
Fito, a Raiola e um Circuito, para os mais jovens. A organização
pertenceu à Câmara Municipal, à Rede Social do Município de
Mogadouro e à Junta de Freguesia de Brunhoso.
À hora marcada, 14:30, ninguém se
aventurou ao sol abrasador das Eiras. Quase uma hora depois, os
participantes começaram a chegar, também eles com o ar de jogadores
“tradicionais”. Cada um carregava as suas malhas, com galhardia,
para jogar o fito. Havia de tudo: xisto do mais resistente, granito
vindo de terras distantes e até do acero quartzo. Também carregavam
martelos para algum acerto final, de última hora, que os adversários
eram de respeito.
Os mesmos
jogadores concorreram nos diferentes jogos, aumentando assim as
hipóteses de apuramento para a “fase final”, esta concelhia, a
disputar com os vencedores de todas as freguesias, em Mogadouro.

A relha, jogada individualmente e com
resultados mais imediatos, provocou grande disputa. Alguns com mais
força mas menos jeito, outros com mais jeito e menos força, foram
afinando as técnicas, em várias tentativas. Poucos foram os que
ultrapassaram os 20 metros. Sagrou-se vencedor, sem grande esforço,
Miguel Teiga, que conseguiu progredir em todos os lançamentos que
fez.
O fito é um jogo muito apreciado, em
Brunhoso. Os mais velhos fizeram valer a sua experiência. Também
aqui há vários “truques”. Em primeiro lugar está a boa malha, rija,
pesada, que largue a mão com facilidade. Depois há aqueles que
aproveitam o lançamento para darem uma cancha, diminuindo a
distância. Há também aqueles, que, quando a malha vai no ar, curvam
o corpo numa tentativa de lhe alterar a trajectória. Este jogo é
jogado com muita virilidade e galhardia!
O rigor era tanto que, de vez em quando, era necessário recorrer à
fita métrica para determinar para quem iam os pontos! É que o jogo
era a “doer”, não se podia usar a tradicional palhinha para medir a
distância da malha ao binte. Neste jogo, após renhida disputa,
venceu uma dupla de Josés, Carrasco e Vilares.

A raiola, jogada
sem grande esforço, foi na minha opinião o jogo que mais interesse
despertou. Não faltaram as moedas picadas, pois com a inflação que
temos, para que servem dois euros? A concentração atingiu o ponto
mais alto e a competição também. É sempre nestes momentos de maior
empenho que surgem as dúvidas com as regras. Consultam-se os mais
experientes, para as clarificarem, mas o jogo é mesmo assim, com
regras centenárias, mais aceites do que rígidas. - É como no
chincalhão, dizia um! - Está uma fora não podes por seis! Com alguns
“trucos” e um ou outro lançamento mais feliz, depressa chegavam aos
“bons”. Os primeiros classificados na raiola, foram Francisco
Cordeiro e José Gomes.
Deixei para o fim o Circuito, para
jovens dos 6 aos 16 anos. A adesão foi muito fraca, com três
concorrentes, para os três primeiros lugares. É pena que actividades
deste género não provoquem maior mobilização. Daqui a alguns anos,
não haverá quem se lembre dos jogos tradicionais. Cada um ficará em
casa, jogando, sozinho, até ficar cego ou louco. Considerações à
parte, os três concorrentes empenharam-se, cada um ao nível da sua
idade. O circuito consistia num percurso de “corrida de saco”; um
lançamento do pião; um percurso trasportando um ovo suportado numa
colher, na boca; seguido da procura de dois rebuçados numa banheira
com farinha. Para terminar, era necessário fazer o caminho inverso,
transportando o ovo, lançando o pião e fazendo a corrida no saco. A
baraça teimava em se escarrafular, mas a dificuldade maior esteve
mesmo em mergulhar a cara na farinha, à procuram dos rebuçados! O
melhor tempo, ida e volta, foi feito pelo Diogo Carrasco.

Extra concurso, ainda houve tempo para
alguns jogos amigáveis de raiola, enquanto se refrescavam as
gargantas, ou não fosse Brunhoso uma terra afamada no consumo de
cerveja!
Foram distribuídos bonés, evocativos do
evento, e procedeu-se à entrega dos prémios pelos representantes do
poder municipal, que entretanto se juntaram à festa. É mesmo para se
dizer – todos os prémios ficaram em casa! Sem rivalidades, com o à
vontade que só os amigos têm, deram-se os parabéns (com as piadas
habituais) e desejou-se sorte àqueles que serão os justos
representantes de Brunhoso nos jogos tradicionais do concelho.
O sr. presidente da junta, José
Carrasco, fez o convite para que todos participassem no lanche que
estava a ser preparado na Casa do Povo. Já depois das dezanove
horas, foi servida carne entremeada, assada, que aconchegou os
estômagos já famintos. O convívio prolongou-se durante uma hora,
tempo suficiente para culpar a malha ou o brilho do sol da jogada
falhada.

Estão de parabéns todos os que se
esforçaram no evento, os participantes e aqueles que, na retaguarda,
fizeram com que as coisas acontecessem. Brunhoso saiu a ganhar.
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