Festa de
Sta
Bárbara
(12,13-08-2006)
Torneio de
Fito
(12-08-2006)
Festa de
S. Lourenço
(10-08-2006)
Sardinhada
(23-07-2006)
Caminhada
à Fraga do
Poio
(30-04-2006)
Caminhada Mogadouro-Brunhoso (15-04-2006)
Entrudo 2006 (28-02-2006)
Montaria ao Javali (11-02-2006)
À procura
das origens
Bruxelas contra a
Barragem do Baixo Sabor
(18-11-2005)
Eleições autárquicas 09-10-2005
Eleições
legislativas 20-02-2005
Notícias 2004

Ao meu bom amigo António, pelo que
lhe custou não estar aqui.
- O António não vem - dizia-se.
- Faltam o Zé, o Francisco, o Dr. dos
Freixos, que não conheço, e devem faltar ainda muitos que, eu sei,
gostariam bem de partir connosco.
Eram quase 9.00h H, e não foi fácil
reprimir o entusiasmo dos caminheiros. Contava-se com um pequeno
número de diletantes e juntámo-nos umas largas dezenas de
entusiastas Brunhosenses.
Por fim, depois de perpetuar o momento,
abalou o numeroso e esfusiante grupo em direcção ao POIO.
Olmos, verdes nesta altura mas de fim
anunciado.
- Não! não é por aí! É pelo caminho da
esquerda, o da direita vai para Lamas e Vale de Cabo!
Lameira, a saga das amoreiras. O cultivo
do bicho da seda. A industria do sirgo, bem florescente noutros
tempos.
Logo chegámos a Juncainhos. Apreciar os
frondoso freixos, rever propriedades familiares, lembrar a fonte, e
avistar esfusiante campo de papoilas, ali, já a descer para a
Orretas.
Juncais, a imorredoira fonte.
- Sabes António, bebemos água pela
corcha!
Agriões, lampaças, merujas, pimpilros,
um festim!
Já defronte à horta de Senhor Manuel
Gonçalves, a primeira cornalheira. Mas logo aparecem mais. E
zimbreiras, e trovisco, os omnipresentes sobreiros, muitas e muitas
arsanhas, mas sobretudo estevas floridas.
- Como estão bonitas as nossas estevas,
António!
Vê-se bem agora a Hortelã. Compacto montado, misterioso lugar de
lobos e alcaforros.
Deixámos as cortes de Entre Caminhos, e
estamos já no inicio da ladeira do POIO.
Do lado direito, a primeira vertigem - a
solheira das Picotas. Fantástico hino ao labor e sofrimento de
todo um povo que das fragas fez brotar azeite. Inventou terra e com
safardas erguidas a pulso, segurou-a ao toro das oliveiras.
Mais uns instantes e iniciámos a
escalada, ligeira diga-se, para a FRAGA DO POIO. Fabuloso lugar! É mesmo o belo horrível,
como dizia o Abade de Baçal.
Há quem ingenuamente defenda que terá sido ali que Cristo se
sujeitou à provação. Mas logo gente mais esclarecida e sensata nos
convenceu do contrário.
Alguns mais afoitos fizeram ligeira
passagem, pelo local que se diz ter sido crasto antigo. Não ficaram
convencidos, mas ficou instalada a duvida, o que já não é pouco.
Ala que se faz tarde, e toca a descer
para a Fonte do Buraco, onde tomámos o caminho da Chorda ao arrepio
da tendência que pretendia jornadear pelo Picão e Perdigosa.
Figueiredo, Malgueiro, Netos, e
estende-se diante dos nossos olhos habituados ao betão, ao vidro e
ao incómodo do vizinho do andar de cima, o esplendor da Barca. O
Rio, pujante ainda nesta altura do ano, já sem açude, mas
resguardado pelos imponentes salgueiros. As margens aqui não o
comprimem, não tem pois necessidade de ser violento.
À sombra do último sobreiro que se aventurou a desafiar as águas,
reconfortámos o estômago, com presunto de cura esmerada, com
suculenta e sápia feijoada, tenra posta de vitela, tudo feito com a
conhecida prontidão, e servido com carinho pela esposa do nosso
alcaide. Bem hajam o Zé Carrasco e família.
Vinho a contento, café, e vê bem, para
alguns mais felizardos e descarados até whisky. Whisky na Barca!
Subimos, em confortáveis viaturas todo o
terreno, pela Corticinha, Arrebentão, Amedo, Rodelas, Avessadas e
Lameira.
Matámos a sede com fresquinha cerveja da
colheita do Zeca Barranco, e, reconfortada a alma e os olhos,
jurámos repetir o evento logo a todos convenha.
Jornada grande para um epicurista.
Alguém disse com a propósito que era a
primeira vez, que, por prazer, se fazia aquele caminho. Fez-se
história!
- Ah! já me esquecia! Vimos um ninho de
carriça e um sobreiro com as iniciais - MG - que me disseram que
quer dizer APRIJA!
Francisco Ribeiro.
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Caminhada à Fraga do Póio
30-04-2006

Saída de Brunhoso, sem pressas.

Um encontro de gerações mas também de
residentes e visitantes.

Muita atenção às explicações dos
"entendidos".

Todos quiseram provar a fresca água pela
corcha.

Os cenários iam alternado mas todos
magníficos.

E eis que os Brunhosenses conquistaram
de novo o Póio.

Registado o momento da conquista.
Continua
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