Bruxelas contra a
Barragem do Baixo Sabor
(18-11-2005)
Eleições autárquicas 09-10-2005
Eleições
legislativas 20-02-2005
Notícias 2004

A rudeza do local cria condições para
delicadezas como esta (Ramo-de-raposa ou
Rosa-albardeira Paeonia broteroi).
«Num te bou cuntar»
Antoino, num quisesteis bir, fizesteis
munto mal e agora, bem feito, mais perdesteis e, de raiba, num te
bou cuntar nada.
Num te bou cuntar que às 8 e mêa já
habia alguns de bem longe à frente do Café do Chico e que muntos
outros chigaram logo. Num te bou cuntar que um apitou um apito
grande num córno e todos se riram, num sei porquê mas eu tamém me
ri, mas logo o Mestre Anível tamém assobiou num subiote e todos
começámos a abalar.
Num te bou cuntar que eu tamém fui e
lebei o FCarvalho com a mulher, genro e filha. Andou todo o dia
concho que nem um gaio e tão emproado que nem le cabia um chícharro
no cú.
Num te bou cuntar que fumos p’los Olmos,
atravessámos o largo da Lameira, bimos propriedades do teu Pai e de
muntos outros que lá iam e em Juncaínhos bi a horta onde naci ao
toro duma coube (garantia da ‘nha mãe).
Num te conto que até bobi áuga por uma
corcha na poça de Juncais e inda o único home que bimos a trabalhar
na horta com um calagouço e dois burricos – o Sr.Chico Carrasco e
falei-le.
E num te digo que alguns lebabam
calagouços, como o Mestre, mas num era dele, era do sogro. Eu cá
lebaba uma cana da Biladala. Quem num lebaba apoio eram o Rafael e o
Antoino, do Mestre e num se cansaram.
Num te digo que alguns chigaram primeiro
à Fraga do Poio, mas os de trás num le dissémos “augardente,
agardente, m.... p’rós da frente”.
Quando nós lá chigámos êis já tinham
bisto o canelo e tudo mas nós andibémos todos nos picos a dizer
coisas como “olha, aqui o meu pai isto”, “olha, aqui o meu pai
aquilo” e assim.
Num te digo, porque num acreditarias, é
que da Fraga fumos p’rá Barca, a pé acredita, e que lá é que foi o
bô e o bonito.
Num te digo que éramos mais que os de
Izeda, mas a paparoca era tanta, tanta, tanta que até podiam ter
bindo os da Bila. O nosso Alcaide é que é um home! Debíamos ter proa
c’oele. Botou-nos tanta feijoada, tanta chicha de bitela e de pórco
e tantas coisas boas c’até sobrou que se fartou. A um até oubi dizer
pr’a outro “olha, morra gato morra farto”.
Num te digo, senão tinhas bindo, que
tamém o binho foi até fartar. Cumo num bieste tamém num te digo que
deram prendas, bem merecidas, ao Mestre, ao Alcaide e à cozinheira e
as que eram p’ra todos num chigaram, foi uma bergonha.
Num te digo que conheci o Probedor.
Digo-te mas é que é um Home, um sabedor e nada farroncas. De
Brinhoso temos muito c'aprender co’ele.
Por mim nunca saberás que tamém
estiberam lá os teus irmãos Zé e Chico e depois apareceram a
Francisca e a Matilde, lindas como o sol.
Num te digo que biemos p’rá terra em
muitos carros camionetas cum bôs xofers. E contadas bimos ao todo 6
cortes e duas ‘stabam a cair mas contaram.
Num te digo que no fim inda fumos beber
copos ao Sr.Barranco.
O que num te posso dizer é que agora a
Lúcia e o Chico só querem uma casa em Brinhoso.
Agora o que te digo a sério é que num
sabes o que perdiste. E a quem ler isto digo que quem souber e
quiser que le conte como foi, porque milhor num podia ser.
Dr. dos Olmos

Na festa não faltou a música bem
tradicional, saída do acordeão de Manuel Meirinhos. |
Caminhada à Fraga do Póio
30-04-2006

A caminho da Barca, local do almoço.

Enquanto se ultima o almoço, revêem-se
amigos.

À sombra do sobreiro, o almoço foi farto
e animado.

Não estava previsto, mas a novidade do
acontecimento, teve direito a "discurso" e prendas.

De regresso a Brunhoso, sempre numa
paisagem luxuriante.

Será esta a última recordação que vamos lembrar DESTE Rio? |