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A rudeza do local cria condições para

delicadezas como esta (Ramo-de-raposa ou Rosa-albardeira Paeonia broteroi).

 

«Num te bou cuntar»

Antoino, num quisesteis bir, fizesteis munto mal e agora, bem feito, mais perdesteis e, de raiba, num te bou cuntar nada.

Num te bou cuntar que às 8 e mêa já habia alguns de bem longe à frente do Café do Chico e que muntos outros chigaram logo. Num te bou cuntar que um apitou um apito grande num córno e todos se riram, num sei porquê mas eu tamém me ri, mas logo o Mestre Anível tamém assobiou num subiote e todos começámos a abalar.

Num te bou cuntar que eu tamém fui e lebei o FCarvalho com a mulher, genro e filha. Andou todo o dia concho que nem um gaio e tão emproado que nem le cabia um chícharro no cú.

Num te bou cuntar que fumos p’los Olmos, atravessámos o largo da Lameira, bimos propriedades do teu Pai e de muntos outros que lá iam e em Juncaínhos bi a horta onde naci ao toro duma coube (garantia da ‘nha mãe).

Num te conto que até bobi áuga por uma corcha na poça de Juncais e inda o único home que bimos a trabalhar na horta com um calagouço e dois burricos – o Sr.Chico Carrasco e falei-le.

E num te digo que alguns lebabam calagouços, como o Mestre, mas num era dele, era do sogro. Eu cá lebaba uma cana da Biladala. Quem num lebaba apoio eram o Rafael e o Antoino, do Mestre e num se cansaram.

Num te digo que alguns chigaram primeiro à Fraga do Poio, mas os de trás num le dissémos “augardente, agardente, m.... p’rós da frente”.

Quando nós lá chigámos êis já tinham bisto o canelo e tudo mas nós andibémos todos nos picos a dizer coisas como “olha, aqui o meu pai isto”, “olha, aqui o meu pai aquilo” e assim.

Num te digo, porque num acreditarias, é que da Fraga fumos p’rá Barca, a pé acredita, e que lá é que foi o bô e o bonito.

Num te digo que éramos mais que os de Izeda, mas a paparoca era tanta, tanta, tanta que até podiam ter bindo os da Bila. O nosso Alcaide é que é um home! Debíamos ter proa c’oele. Botou-nos tanta feijoada, tanta chicha de bitela e de pórco e tantas coisas boas c’até sobrou que se fartou. A um até oubi dizer pr’a outro “olha, morra gato morra farto”.

Num te digo, senão tinhas bindo, que tamém o binho foi até fartar. Cumo num bieste tamém num te digo que deram prendas, bem merecidas, ao Mestre, ao Alcaide e à cozinheira e as que eram p’ra todos num chigaram, foi uma bergonha.

Num te digo que conheci o Probedor. Digo-te mas é que é um Home, um sabedor e nada farroncas. De Brinhoso temos muito c'aprender co’ele.

Por mim nunca saberás que tamém estiberam lá os teus irmãos Zé e Chico e depois apareceram a Francisca e a Matilde, lindas como o sol.

Num te digo que biemos p’rá terra em muitos carros camionetas cum bôs xofers. E contadas bimos ao todo 6 cortes e duas ‘stabam a cair mas contaram.

Num te digo que no fim inda fumos beber copos ao Sr.Barranco.

O que num te posso dizer é que agora a Lúcia e o Chico só querem uma casa em Brinhoso.

Agora o que te digo a sério é que num sabes o que perdiste. E a quem ler isto digo que quem souber e quiser que le conte como foi, porque milhor num podia ser.

Dr. dos Olmos

 

Na festa não faltou a música bem tradicional, saída do acordeão de Manuel Meirinhos.

 

Caminhada à Fraga do Póio
30-04-2006


A caminho da Barca, local do almoço.

 


Enquanto se ultima o almoço, revêem-se amigos.

 


À sombra do sobreiro, o almoço foi farto e animado.

 


Não estava previsto, mas a novidade do acontecimento, teve direito a "discurso" e prendas.

 


De regresso a Brunhoso, sempre numa paisagem luxuriante.

 



Será esta a última recordação que vamos lembrar DESTE Rio?

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