Bruxelas contra a
Barragem do Baixo Sabor
(18-11-2005)
Eleições autárquicas 09-10-2005
Eleições
legislativas 20-02-2005
Notícias 2004


 |
Carnaval 2007, foi em Brunhoso

Dia de “Entrudo” foi este ano no dia 20
e por sinal, muito animado pelas bandas de Brunhoso. No dia anterior
os nossos rapazes (Ricardo, Diogo, João Luís e João Francisco),
inovaram na tradição e decidiram fazer uma espécie de andor para aí
colocarem o Entrudo e a sua esposa, ou seja, a Quaresma.
Na terça-feira de manhã foram dar os
últimos retoques aos anfitriões do dia e, depois dos fartos almoços
que, de certeza, em nada pecaram, já se juntavam todos na Casa do
Povo com os mais diversos disfarces, cada um tentando descobrir quem
era o outro e, pelo meio de muitas incertezas sobre as verdadeiras
identidades, já seriam cerca das 15h.30m quando o desfile começava.

Pelo meio de apitadelas, de testos que
batiam uns contra os outros e de colheres que rugiam em pratos de
inox, gargantas afinadas cantavam “Os três palhacinhos” e iam
gritando o eferriá a favor de Brunhoso e do célebre Entrudo.
Estranhou-se bastante o facto de, pelas
ruas acima e abaixo, quase ninguém sair à rua, como dantes acontecia
e, foi no bairro de baixo que mais público tivemos e aí se juntaram
a nós, cada vez mais pessoas. Havia de tudo: quem estivesse mesmo
irreconhecível, quem quisesse participar mas mascarar-se nem por
isso e, houve mesmo quem, como antigamente se fazia, com uma cortiça
queimada, tisnasse o rosto a modo de só se notarem os olhos. E os
habilidosos criadores do Entrudo e do seu par, lá teimavam em
carregar tamanho peso, trocando de quando em vez com outros
candidatos a transportadores do casal Entrudo.

A volta ao povo terminou no local de
partida, ou seja, na Casa do Povo, onde os ânimos já se exaltavam e
a maior parte queria ir desfilar a Mogadouro, rapidamente se
arranjou transporte para todos e já éramos cerca de trinta e tais
pessoas. Na vila não se via ninguém mas não desanimamos e fizemos a
nossa parte, com a animação do “Damas” com o seu famoso acordeão (e
no dia seguinte éramos como que capa de revista na boca dos
mogadourenses).
Regressamos por volta das 18.00h e, como
a larica já apertava, seguiu-se o lanche que as cozinheiras haviam
ficado a preparar (Lucinda e Maria), onde saboreamos as saborosas
linguiças e alheiras tradicionais assadas na brasa, o queijo de
ovelha fresquinho, pão, presunto, salpicão, bolos, entre outras
coisas. Depois disso, já não havia forças para mais, mas ainda houve
quem desse um pezinho de dança, antes da tradicional queima do
Entrudo no Caneiro.

E mais uma vez, termino com a sensação
de missão cumprida, pois a minha vontade é apenas e só uma, que as
tradições não acabem na nossa aldeia e que as nossas gentes se
mantenham cada vez mais unidas, para isso, é necessária a
colaboração de todos nós, pois todos juntos fazemos a união.
O meu muito obrigado a todos quantos
aderem a este tipo de iniciativas, pois tudo o que fazemos,
fazemo-lo por nós.
Rita Carrasco |