Início | Notícias | Fotos | Brunhoso | Tradições | Artesanato | L. de visitas | Fórum Blog | Ligações  

Tradições da Páscoa
Tradições de Natal

Festa de S. Brás
Alheiras
Casamentos do Caneiro

A cultura do linho

Regionalismos e expressões típicas
Lendas
Provérbios
Quadras sobre Brunhoso

Casamentos no/do Caneiro

Foi um costume que teve a sua época, acabou. Vamos recordar o diálogo entre os dois atorreadores, instalados na Fraga do Caneiro (ponto alto sobranceiro a Brunhoso), munidos com um funil do vinho (era um rico megafone não o vinho mas sim o funil), cada um levando consigo alguns amigos para guarda-costas (e mesmo assim não se livravam de levar algumas pedradas). Os "casamentos" tinham lugar nas noites de Inverno quando já toda a gente estava em sossego. Gritavam muito alto pelo que a sua voz era perfeitamente audível em toda a aldeia.

Vamos então ao diálogo:

-Ó camarada.
-Então que é lá?
-Temos um rico casamento a fazer.
-Um casamento a fazer! Então quem há-se ser?.
-Há-de ser a Maria. A Maria?
-Sim camarada.
-Pois olha que é uma rapariga bem pimpona.
-E quem há-de ser o casório?
-Vai ser o Francisco.
-O Francisco? Pois olha que é um par bem comparado.
-E que lhe havemos dar de dote?
Até aqui os dizeres eram sempre os mesmos. O dote variava conforme se o "casal" era ou não da simpatia dos atorreadores, pois se fosse da sua simpatia, o dote oferecido era qualquer coisa de útil, caso contrário era sempre o mesmo, e reparem que riqueza: Cinquenta mil carros de m.... para a ventas deles.

Enviada por Francisco Magalhães

 

Xo_oX

01.12.2005